quinta-feira, 29 de março de 2012

Não existe Páscoa sem Sexta-Feira Santa

Tem gente que não vê a hora de comemorar a Páscoa:  cookies, alfajores, chumbinho de chocolate e sobretudo - claro! - os ovos de chocolate!!  Hummm que delícia......

Porém ninguém (ou quase) se preocupa com a Sexta-feira Santa.

'É só um feriado em que se come bacalhau.'  Já me disseram.

De outra vez um vizinho me ofereceu cerveja e eu recusei dizendo que era dia de jejum ao que ele me diz: "Ah, mas hoje não se pode comer carne; beber pode sim!"

As pessoas perderam o sentido da Semana Santa. Não interiorizam o que celebramos nesses dias tão especiais para a cristandade.

Gente, acorda: a Páscoa só existe porque houve uma Sexta-feira Santa onde Jesus se entregou à cruz por nós!!

Nada errado em comer chocolate, ou bacalhau ou o que for; mas se somos cristãos, vamos aprender e apreender o sentido VERDADEIRO da Páscoa, ou nos tornaremos cristãos meia-boca total!!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Mandamentos são ordens?

Tem gente que acha que Deus nos deu 'ordens a serem cumpridas' quando nos deu os Mandamentos.

Para início de conversa, nem o próprio Deus chamou de Mandamentos ao Decálogo; Ele simplesmente disse à Moisés no Monte Sinai:

- AGORA, POIS, SE OBEDECERDES À MINHA VOZ, E GUARDARDES MINHA ALIANÇA, SEREIS O MEU POVO PARTICULAR ENTRE  TODOS OS POVOS. ( Ex.19,5).

Me corrijam se estiver errada, mas à mim isso parece mais um convite de amizade.

Os judeus é que começaram a chamar de Mandamentos ou Decálogo por virem  das mãos de Deus e por serem 10; e eles os desdobraram -ao todo- em  613 leis.

Os Mandamentos são um código de conduta, um lembrete de como devemos agir para vivermos em harmonia com nosso Criador e com nosso próximo.

Os 3 primeiros falam especificamente do tratamento que devemos à Deus.

Os demais referem-se ao comportamento pessoal e convívio social.

Se observarmos com cuidado, não são difíceis e nem fora da normalidade.

 Ele apenas quis colocar por  escrito, aquilo que já  vem de fábrica nos nossos corações e que às vezes esquecemos:  Que devemos tratar os outros da maneira que queremos ser tratados.

Isso é assim tão gerador de polêmica, como querem fazer crer algumas pessoas??

terça-feira, 13 de março de 2012

Oração é comunicação de mão dupla

Você já parou para  pensar que quando se reza (ou ora) estamos falando com Deus e depois nem nos preocupamos em ouvir Sua resposta?

É isso mesmo que você leu:  resposta . 

Quando nos concentramos e deixamos todo o resto de lado para rezarmos, é como se colocássemos uma cadeira diante de Deus e nos sentássemos para conversar com Ele. Mas numa conversa, devemos parar para ouvir  àquele com quem falamos, do contrário não é conversa: é monólogo.

E daí falamos mais que o homem da cobra!

Temos feito assim?

Ou de vez em quando (pelo menos) paramos para tentar ouvir o que Deus nos responde?

Quando rezamos Deus nos ouve, mas quando calamos ouvimos à Deus.


quinta-feira, 8 de março de 2012

Campanha da Fraternidade 2012

Dizer que a doença é vontade de Deus é mentira.(...)

O Senhor Jesus nunca deixou de atender o clamor, fosse de quem fosse. (...)

A Campanha da Fraternidade deste ano não quer justificar a doença e muito menos colocar panos quentes na situação da saúde de nosso povo mais necessita do. Pelo contrário.
O grande objetivo é: "refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos doentes e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde". (...)

A Campanha da Fraternidade entende o ser humano como uma unidade de corpo e alma.(...)

A saúde é um conjunto de fatores humanos que devem entrar em harmonia, desde alimentação, educação, trabalho, remuneração, as relações interpessoais, a qualidade de vida, a dimensão espiritual da fé, enfim o equilíbrio humano e sobrenatural da vida. Nosso desejo é ver concretizada a da Palavra de Deus: "Que a saúde se difunda sobre a terra" (Eclo 38,8). E para que isso aconteça cada qual deve fazer a sua parte. Os indivíduos como primeiros responsáveis.

Os municípios, os Estados e a Nação, através dos organismos competentes, não podem deixar de medir esforços e criar políticas públicas que venham ao encontro das necessidades do povo. Por isso: saúde sim. Doença não.

 

http://www.cleofas.com.br/ver_conteudo.aspx?m=art&cat=110&scat=82&id=5843



***Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá